O ministério da saúde adverte :

Odiar demais causa dependência.

E eu concluo todos os dias,todas as horas,e sempre e tanto,que você é a pessoa mais odiável que já colocou os pés na minha vida tão normalzinha.É tanta normalidade que até o ódio (por você) tá sendo ''normal'' ultimamente.Odeio o seu jeito de usar palavras baratas para me convencer de qualquer coisa,mesmo depois de eu evidenciar totalmente que não caio em nada disso.Odeio também o seu novo corte de cabelo,que te deixa com cara de mongo em fase de crescimento.Ah,e eu também odeio o seus dentes nada perfeitos,que são tão tortos quanto o caminho para onde você me leva cada vez que tem a desvairada vontade de sair me caçando por aí só com um olhar.Você me procura e me encontra sempre,mesmo eu estando com o status ausente para você,suas ladainhas,seus mimimi's e toda a sedução humanizada que por acaso - ou por erro de divisão genética - se encontra em você.
Odeio cada vez que meu dia está ensolarado,e eis que surge uma nuvem negra no meu céu : você acordou afim de me atazanar a vida.Aliás,você sempre acorda afim disso;sua disposição para acabar com o colorido dos meus dias é infinita;você a acumula dentro de sí,e quando resolve liberá-la...só eu sei o quanto forte preciso ser para não voar no teu pescoço e te encher de beijos tapas.Pode parecer sadomasoquismo,mas eu adoraria ler a sua mente para ver a sua tortura diária para lutar contra tanta coisa que sente,e fazer tudo diferente do que quer.
Odeio tua persistência incomum e única,que só persiste em mim,mais nada.Eu realmente não sei porque,mas você é do tipo que sempre vê algo de 'irresistível em uma causa perdida'.Além de sempre me contrariar,contraria tudo o que eu penso ter pensado certo,e prova para mim mesma que eu estava redondamente enganada;ISSO SIM É ODIÁVEL.
Odeio o nada que ronda você,e o tudo que você procura nisso.
Odeio essa sua mania de falar sem parar,sobre todas as coisas,e depois me pedir pra te mandar calar a boca.Mal você sabe que eu nem tô prestando atenção;eu gosto mesmo é de reparar nessa sua característica peculiar que é a única coisa que eu diria que seria capaz,racionalmente falando,de gostar em você;eu juro que me enterraria alí pra sempre - não por ser loucamente apaixonada pelas covinhas do teu rosto,e sim para você não me atormentar.
Quem sabe se eu cavasse bem fundo,chegasse do outro lado do mundo,bem longe de tudo - isso parece mais fácil,porque para chegar até a sua parte intocada e petrificada,eu teria que ser paciente,e você acaba com toda a minha paciência,não restando nada para esperar por você,ou pela sua segunda vontade louca de sair correndo atrás de mim dizendo que me quer com todas essas vírgulas que eu enfio nas minhas histórias - eu seria uma pessoa capaz de não odiar.
Do outro lado do mundo,eu me tornaria capaz disto novamente?Sinceramente eu gosto de diversidade,e ver pessoas tão iguaizinhas por todos os cantos cansaria minha mente e eu sentiria falta de um olhar diferente - não,não o seu;você deve ter pensado isso,devido à toda essa modestidade que você possui.[VOCÊ É UM CONVENCIDO,E COMO EU ODEIO ISSO!]
É tanto ódio,que eu até me canso.Só é incrível porque eu nunca enjoo.
Mas sabe o que eu MAIS ODEIO?Tudo isso junto,colocado em você.
Podiam ter dividido todas essas características tão marcantes entre toda a humanidade,assim você apenas seria um ser de tão neutro,eu seria incapaz de te notar - e se notasse,acabaria por acreditar definitivamente em CARMA.
Todas essas coisas,em você,só me fazem querer mais tempo para ouvir algumas palavras baratas que são tão opostas as minhas tão pensadas,e pedir para que todos os cortes de cabelo sejam iguais o teu,com direito a caras de mongo e à sorrisos encantadoramente imperfeitos.Me fazem procurar seu olhar persistente em todos os lugares que eu ando,e desejando ser encontrada sempre,até quando eu cismo em dizer que te ver seria o fim do mundo - ou o começo de tudo,outra vez.
Me fazem gostar de nuvens negras encobrindo um sol tão lindo,porque a chuva me lembra você,e aquele dia de total loucura em que você apareceu jogando pedras na minha janela me pedindo para eu querer você de novo;cara,como eu gosto da tua burrice que pensa que algum dia eu deixei de te querer,e como eu odeio a minha por admitir que essa é a verdade.
E a verdade é que eu teria todos os motivos - ou nem precisaria destes - para odiar você para sempre;o problema é que por algum erro genético (assim como a sedução do mundo toda passada para você),algo sempre me faz voltar,rever,e ver você de novo,em tudo mais novo ainda que eu incluo na minha vida.E isso é impossível ser ódio,tão impossível quanto a sua capacidade de me fazer perder a paciência com a sua grande mania de brincar de sempre ganhar de mim;você ganha tudo: as apostas,as discussões,meus abraços e tudo que eu quero com outro alguém um dia na vida;só uma coisa você perde : a oportunidade.Você que sempre foi tão oportunista,se vê ante,perante,de frente à oportunidade de deixar de procurar o tudo em nada,e encontrar o que quer,onde quer e onde sempre vai querer.Isso tudo até parece clichê demais,tanto que pode ser comparado a um filme hollywoodiano,que mesmo com todas as partes cansativas e românticas demais para mim,ainda são melhores que você - porém piores que a nossa história que até daria um best-seller americano.
E viva à cegueira,a falta de vontade de querer ver,a incapacidade,a burrice: mal você sabe o quanto escrever isso direito resultaria num aumento de capital e num lucro imenso (e mútuo).
Odeio incapazes - de ver o evidente - ,odeio burros,e odeio você.
E odeio o amor,porque ele gosta de andar de mãos dadas com um tal de ódio que vive saracuteando por aí,mantendo-o ainda mais distraído e me fazendo também ficar,pois é sempre nessa hora que você resolve voltar,e eu involuntáriamente resolvo - mais uma vez enganada pela minha ilusão de controle - que não vou deixar isso passar.Nem isso,nem nada,nem tudo,e nem você.